Entenda como funciona o fator de impacto CiteScore

Entenda como funciona o fator de impacto CiteScore

Saiba mais sobre o CiteScore, como ele é calculado e sua relevância na avaliação da produção científica acadêmica.

A avaliação da qualidade da produção científica é um aspecto fundamental no meio acadêmico e tem impacto direto na credibilidade dos pesquisadores e das instituições de ensino e pesquisa. Para medir a relevância de um artigo ou periódico, utilizam-se os chamados fatores de impacto, métricas criadas para quantificar a relevância de uma revista científica com base no número de citações que seus artigos recebem. Esses fatores auxiliam na classificação e análise das publicações, mensurando sua influência na comunidade acadêmica.

No entanto, como qualquer métrica, os fatores de impacto possuem diferentes metodologias e abordagens, o que pode influenciar a interpretação dos resultados e faz com que alguns deles se destaquem em relação a outros, a exemplo do CiteScore.

Desenvolvido pela Elsevier e com base na base de dados Scopus, o CiteScore se tornou uma alternativa ao tradicional Journal Impact Factor (JIF), oferecendo uma abordagem mais ampla e transparente para a avaliação da qualidade das publicações.

Neste artigo, você vai saber mais sobre o fator CiteScore, como ele é calculado, quais são suas vantagens e limitações em comparação com outros fatores de impacto, e como ele pode ser utilizado por pesquisadores e instituições na análise da produção científica. Acompanhe!

O que é o CiteScore?

O CiteScore é um indicador bibliométrico que mede a influência e impacto de periódicos científicos com base no número de citações recebidas. Ele foi desenvolvido pela Elsevier em 2016 como uma métrica alternativa ao Journal Impact Factor (JIF), da Clarivate Analytics, oferecendo um cálculo mais transparente e abrangente.

A base de dados utilizada pelo CiteScore é a Scopus, uma das maiores bases de dados de abstracts e citações de literatura científica revisada por pares. Diferentemente do JIF, que analisa um período de dois anos, o CiteScore considera um período de quatro anos para calcular a média de citações recebidas pelos artigos publicados em um periódico.

O CiteScore é atualizado anualmente e está disponível gratuitamente, permitindo que pesquisadores, bibliotecários e gestores acadêmicos avaliem a relevância das publicações e tomem decisões informadas sobre onde submeter seus trabalhos.

Para que serve o CiteScore?

O CiteScore possui diversas aplicações dentro do meio acadêmico e científico, sendo utilizado para:

  • Avaliação da qualidade dos periódicos: pesquisadores podem utilizar o CiteScore para selecionar os melhores para submissão de artigos.
  • Classificação e ranking de periódicos: instituições de ensino superior e bibliotecas utilizam o CiteScore para classificar os periódicos em áreas específicas do conhecimento.
  • Apoiar decisões de financiamento: agências de fomento podem considerar o CiteScore para avaliar a relevância das publicações de um pesquisador ou programa de pesquisa.
  • Análise de impacto da produção científica: gestores acadêmicos utilizam essa métrica para entender a influência dos trabalhos publicados por seus docentes e pesquisadores.

Como é feito o cálculo do CiteScore?

O CiteScore é calculado com base em uma fórmula simples, que pode ser definida da seguinte maneira:

Por exemplo: para calcular o CiteScore de 2023, considera-se o total de citações recebidas pelos artigos publicados entre 2019 e 2022, dividido pelo total de artigos publicados no mesmo periódico durante esse período.

Uma das vantagens desse método é incluir todos os tipos de publicações indexadas no Scopus, como artigos, revisões e conferências, tornando-o uma métrica mais abrangente do que outras métricas tradicionais.

Vantagens e desvantagens do CiteScore

O CiteScore tem se consolidado como um dos principais indicadores de impacto para periódicos científicos. No entanto, como qualquer métrica, apresenta vantagens e limitações que devem ser consideradas ao utilizá-lo para avaliar a relevância de publicações científicas. Veja quais são os pontos altos e baixos da ferramenta:

Vantagens do CiteScore

Transparência na metodologia

Uma das principais vantagens do CiteScore é a transparência do seu cálculo. A métrica é baseada em um método simples e acessível, permitindo que pesquisadores compreendam exatamente como as pontuações dos periódicos são determinadas. 

Diferentemente de outros indicadores que utilizam metodologias proprietárias, ou pouco transparentes, o CiteScore garante que qualquer usuário possa verificar os dados e reproduzir os cálculos, tornando a métrica confiável e auditável.

Base de dados ampla e diversa

O CiteScore é calculado com base na Scopus, uma das maiores bases de dados acadêmicas do mundo. Essa abrangência permite que a métrica cubra uma grande variedade de disciplinas, incluindo ciências exatas, sociais, humanas, biológicas e engenharias. Além disso, a Scopus inclui periódicos de diferentes regiões do mundo, ampliando a representatividade da avaliação e evitando vieses excessivos relacionados a determinadas áreas ou países.

Consideração de todos os tipos de publicações

Diferente de outras métricas que excluem certos tipos de documentos do cálculo do impacto, o CiteScore considera todas as publicações de um periódico, incluindo artigos de pesquisa, revisões, editoriais e artigos de opinião. 

Essa abordagem pode ser vantajosa porque reflete o impacto geral da revista, incluindo contribuições que, mesmo não sendo artigos científicos completos, podem ser altamente citadas e relevantes para a comunidade acadêmica.

Janela temporal de quatro anos

Outro aspecto positivo do CiteScore é sua janela de análise de quatro anos. Esse período é mais longo do que o utilizado pelo Journal Impact Factor (JIF), por exemplo, que considera apenas dois anos. Com um intervalo maior, o CiteScore consegue capturar um impacto mais abrangente, beneficiando periódicos de áreas onde a citação ocorre de forma mais lenta, como ciências sociais e humanas.

Desvantagens do CiteScore

Inclusão de todos os documentos no denominador

Embora considerar todas as publicações seja uma vantagem em alguns casos, também pode ser visto como um ponto negativo. Uma vez que o CiteScore divide o número total de citações pelo número total de publicações do periódico, revistas que publicam um grande volume de editoriais, cartas ao editor ou artigos de opinião podem apresentar uma pontuação inferior.

Isso ocorre porque esses tipos de documentos, geralmente, são menos citados do que artigos de pesquisa, o que pode reduzir a métrica de impacto geral do periódico.

Dependência da base Scopus

O CiteScore depende exclusivamente dos dados da Scopus, o que pode ser um fator limitante. Embora essa seja uma base ampla e relevante, alguns periódicos importantes podem não estar indexados nela. Como resultado, revistas científicas de alto impacto que são amplamente citadas em outras bases, como Web of Science ou Google Scholar, podem apresentar um CiteScore baixo ou até inexistente.

Essa dependência pode impactar negativamente pesquisadores que publicam nessas revistas e utilizam o CiteScore como métrica para avaliação de impacto.

Impacto diferenciado por área do conhecimento

A forma como as citações ocorrem varia de acordo com a área do conhecimento. Nas ciências biológicas, por exemplo, a produção científica costuma ser acelerada, e artigos são citados rapidamente. Já em áreas como humanidades e ciências sociais, o ritmo de citação é mais lento. Embora a janela de quatro anos do CiteScore tente equilibrar essa diferença, ainda pode haver distorções na comparação de periódicos de áreas distintas.

Menor reconhecimento institucional em algumas avaliações

Apesar de ser uma métrica robusta, o CiteScore ainda não é tão amplamente adotado quanto o Journal Impact Factor (JIF), especialmente em avaliações institucionais e agências de fomento. Algumas universidades e órgãos de financiamento continuam a dar preferência ao JIF, o que pode limitar a utilização do CiteScore como único critério de avaliação da qualidade de periódicos.

Stela Experta©: uma ferramenta completa para avaliar a produção científica da sua IES

O Stela Experta© é uma plataforma desenvolvida para apoiar instituições de ensino superior na gestão da produção científica. A ferramenta permite a análise quantitativa e qualitativa da produção acadêmica dos pesquisadores e programas de pós-graduação, oferecendo diversos recursos para avaliar publicações científicas, incluindo uma ampla variedade de métricas de impacto. 

Avaliação abrangente e integrada

O Stela Experta© integra diferentes fontes de dados e oferece uma visão holística do desempenho acadêmico. Com ela, a IES consegue monitorar e analisar com precisão as publicações científicas de seus pesquisadores e docentes, além de mapear as áreas de atuação mais relevantes e as tendências emergentes nas diversas áreas do conhecimento.

Além disso, a ferramenta permite cruzar informações sobre artigos publicados, citações recebidas, eventos científicos, patentes e colaborações internacionais, gerando um panorama detalhado sobre a qualidade e a visibilidade das pesquisas realizadas na instituição.

Dados estratégicos para decisões fundamentais

Ferramenta estratégica que ajuda os gestores acadêmicos a tomar decisões baseadas em dados concretos. Por exemplo, é possível identificar quais áreas de pesquisa estão mais produtivas ou quais precisam de mais investimentos em termos de recursos, apoio institucional e fomento a colaborações externas. A análise de tendências também permite antecipar áreas de alta demanda no futuro, ajudando na adaptação do foco acadêmico da IES de maneira proativa.

Indicadores personalizados para a IES

Uma das características do Stela Experta© é a possibilidade de personalização dos indicadores. Em vez de depender apenas de métricas amplas e generalizadas, a ferramenta oferece a criação de indicadores específicos para as necessidades de cada instituição, que podem ser ajustados para refletir a realidade local e os objetivos estratégicos da IES. Isso permite um acompanhamento mais preciso da produção científica em diferentes níveis, como cursos de pós-graduação, áreas específicas de pesquisa ou mesmo departamentos acadêmicos.

Acompanhamento do impacto da pesquisa

Por meio de métricas avançadas, é possível acompanhar a repercussão das publicações nas redes acadêmicas e sociais, além de avaliar a interação com outros centros de pesquisa e a colaboração entre pesquisadores de diferentes países. Esse acompanhamento contínuo é fundamental para a construção da reputação internacional da IES e para garantir que as pesquisas geradas estejam sendo efetivamente aplicadas e reconhecidas globalmente.

Relatórios detalhados e facilidade de acesso

A plataforma disponibiliza relatórios detalhados, que podem ser gerados periodicamente ou em tempo real, facilitando o monitoramento contínuo da produção científica. Esses relatórios são configuráveis e podem ser adaptados para diferentes públicos, como diretores acadêmicos, coordenadores de programas de pós-graduação e até mesmo pesquisadores, que terão acesso às informações mais relevantes para suas áreas de atuação.

Com a Stela Experta©, o processo de avaliação científica não é mais uma tarefa burocrática e complexa, mas uma atividade dinâmica, com dados acessíveis e intuitivos, permitindo um gerenciamento eficiente da produção científica.

Plataforma Stela Experta©

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Soluções para embasar a tomada de decisões estratégicas em ciência, tecnologia e inovação para as IES e ICTIs

Módulo Pesquisa: Solução para apoiar a gestão estratégica nas Instituições de Ensino Superior, integrando diversas fontes de informação nacionais e internacionais em CT&I, possibilitando que o gestor responda de forma ágil e assertiva a questões sobre a produção intelectual, projetos de P&D, perfil e expertises dos docentes, discentes e grupos de pesquisa da instituição, bem com sobre sua infraestrutura laboratorial.

Módulo Pós-Graduação: Solução para avaliar e acompanhar a performance dos PPGs da Instituições de Ensino Superior no decorrer das quadrienais, baseado em critérios utilizados pelas áreas de avaliação da Capes. A partir dos dados da Plataforma Sucupira, possibilita que o gestor realize benchmarkings entre os PPGs da IES e seus programas pares e identifique os docentes que estão acima/abaixo da média em cada indicador monitorado.

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