Projetos de pesquisa: informações essenciais para preencher o currículo Lattes

projeto de pesquisa

Os recursos para incentivar os projetos de pesquisa, extensão e de desenvolvimento tecnológico no país chegam aos pesquisadores por variados canais e instituições. No Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI) temos diversas instâncias de registro de informações sobre projetos, como por exemplo a Capes (Plataforma Sucupira), CNPq (Plataformas Carlos Chagas e Lattes), agências de fomento, fundações estaduais de amparo à pesquisa, instituições de ensino superior e também os próprios programas e cursos de pós-graduação que recebem verbas para pesquisa.
A Plataforma Lattes é a base de dados que tem maior potencial para agregar as informações dos projetos, tendo em vista que nesta os próprios pesquisadores podem registrar suas atuações nos projetos, visando demonstrar sua experiência profissional, independente da agência ou instituição para a qual o projeto é apresentado.
Neste cenário, o pesquisador tem o desafio de escolher o que vai registrar ou o que vai deixar de fora quando atualiza seu currículo Lattes. O CV-Lattes disponibiliza um módulo específico para registro das informações sobre projetos, que permite ao pesquisador contar sua trajetória de atuação em projetos de P&D. Este módulo deve ser preenchido com atenção e algumas dicas podem ajudar o pesquisador a ser mais assertivo na construção da sua biografia na plataforma.
O currículo Lattes permite o registro de quatro naturezas de projetos: de pesquisa, de desenvolvimento tecnológico, de extensão, e outros tipos de projetos. Como a essência dos projetos de pesquisa é o trabalho em equipe, desenvolvido durante um determinado tempo e com recursos também determinados, o pesquisador deve pensar bem sobre a inclusão de projetos individuais, no qual atua sozinho – neste caso, recomenda-se analisar se esta atuação não se encaixa melhor como uma linha de pesquisa.
 

Dicas para o preenchimento das informações de projetos

O pesquisador deve refletir, em primeiro lugar, sobre o perfil que ele quer dar para o módulo de projetos em seu currículo Lattes. Alguns optam por cadastrar na plataforma todos os projetos do qual ele fez ou faz parte, enquanto outros preferem selecionar apenas os projetos que são mais relevantes para a sua trajetória.
A primeira dica para o preenchimento dos projetos é fazer uma sequência hierárquica e de importância dos registros. Os projetos prioritários devem ser os que têm algum tipo de fomento e os que são reconhecidos pela própria IES do pesquisador. Neste grupo entram os projetos que fazem parte da carga horária do pesquisador na sua IES.
É muito importante que o pesquisador tenha o mesmo cuidado que ele tem em preencher as informações sobre artigos com os projetos que são acreditados por terceiros. Ou seja, é recomendado dedicar tempo para o preenchimento completo da descrição do projeto, das palavras-chave e de todos os integrantes da equipe que faz parte da iniciativa.
Um dado importante e que não pode ficar de fora dos projetos é o sobre as instituições financiadoras, onde os auxílios recebidos devem ser citados com clareza. Esta informação qualifica o projeto. Também é importante registrar a instituição de execução do projeto pois, no caso dos projetos executados por instituições estrangeiras, esta informação conta pontos na avaliação dos programas de pós-graduação pela Capes e pode ajudar o coordenador do curso a identificar os docentes que têm projetos em instituições estrangeiras e a mensurar a inserção internacional do programa.
Quando o projeto for feito por meio de uma cooperação entre a IES e uma empresa é importante registrar corretamente o CNPJ e o email institucional da companhia parceira. Se preenchido o email institucional o Lattes envia um correio eletrônico para a empresa que, desta forma, poderá fazer a acreditação institucional do projeto. O selo de acreditação traz credibilidade e valoriza o projeto citado pelo pesquisador.

Potencial de inovação e resultados dos projetos

Como cada vez mais a avaliação das IES estão caminhando para o incentivo à inovação, também é importante lembrar de marcar a opção que pergunta se o projeto “tem potencial de inovação” e descrever qual é o potencial. Esta informação sobre o potencial inovador da pesquisa, assim como a acreditação feita pela empresa no caso dos projetos que envolvem cooperação, podem ser diferenciais importantes para o currículo do pesquisador no momento em que as IES estão mapeando e buscando seus especialistas que têm experiência em projetos com estes perfis.
Outra recomendação para o preenchimento dos projetos de pesquisa no currículo Lattes é apontar quais foram os resultados práticos do trabalho desenvolvido, em termos de produção técnico-científica e de orientações. Quando um pesquisador submete um projeto para uma fundação, por exemplo, ele cita os resultados que pretende atingir com aquele projeto. É importante relacionar no CV-Lattes os itens da produção C&T e as orientações que foram fruto do referido projeto – o que ajuda a mensurar se os objetivos iniciais foram alcançados.
Depois de priorizar os projetos que recebem apoio financeiro e/ou que são reconhecidos pela IES do pesquisador, deve-se avaliar os outros projetos que não atendem a estes pré-requisitos e que são mais relevantes em sua carreira e trajetória. Esta avaliação pode mudar com o tempo e sempre é possível retirar do currículo projetos que já não são considerados tão importantes.
O que o pesquisador deve ter claro é que cada projeto incluído no seu currículo Lattes ajuda a contar a sua biografia e trajetória de trabalho. Projetos coletivos e com acreditação dão mais visibilidade para o currículo. Os outros projetos, que não são acreditados ou formalizados, devem ser incluídos se o objetivo do pesquisador é dar mais identidade para a sua atuação em projetos, sejam eles de pesquisa, extensão e/ou desenvolvimento tecnológico.

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