Como usar Benchmarks para Posicionar o PPG entre os Melhores do País

Aprenda a usar benchmarks de forma estratégica e descubra como posicionar o PPG entre os melhores do país a partir de dados comparativos e ferramentas de apoio à gestão.
Alcançar um conceito elevado na avaliação quadrienal da Capes é, hoje, condição indispensável para garantir visibilidade acadêmica, atrair estudantes qualificados e aumentar a captação de recursos. Entretanto, o progresso raramente ocorre por tentativa e erro: ele depende de leitura crítica dos próprios indicadores e, sobretudo, de comparações constantes com programas que já figuram nos patamares de excelência.
É aí que entra o benchmarking. Quando bem aplicado, ele revela exatamente onde estão as lacunas e quais práticas comprovadamente ajudam a posicionar o PPG entre os melhores do país. Contudo, o grande desafio é transformar números brutos em decisões viáveis dentro da realidade orçamentária e acadêmica de cada instituição
Se você é gestor de uma IES ou coordenador de pós-graduação e está em busca de informações sobre como adotar benchmarks na gestão do seu programa de pós-graduação stricto sensu, continue a leitura e descubra quais indicadores observar, como escolher programas de referência e quais ferramentas facilitam esse trabalho.
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O que são benchmarks e por que são estratégicos na gestão de PPGs?
Benchmark é a prática de comparar o desempenho de um processo ou organização com padrões de referência que adotam as melhores práticas do setor. Na educação superior, essa abordagem ganhou força porque a Capes publica relatórios cada vez mais detalhados, padroniza indicadores e, com isso, fornece uma base comum para medir avanços.
Assim, ao posicionar o PPG entre os melhores do país por meio de benchmarks, o coordenador de pós-graduação deixa de depender de achismos para decidir onde investir tempo, energia e recursos. Ele passa a enxergar como as produções qualificadas se distribuem entre os docentes, quantas orientações culminam em publicações A1 e A2, quais programas obtêm maior captação de fomento e quais estratégias de internacionalização geram resultados concretos.
Ou seja, o benchmarking converte a experiência alheia em um atalho de aprendizagem institucional: evita erros recorrentes, acelera ciclos de melhoria e demonstra, com evidências, que cada ação planejada é coerente com as metas de excelência.
Como identificar programas de referência para comparação?
O ponto de partida para posicionar o PPG entre os melhores do país é selecionar pares de comparação adequados. Afinal, de nada adianta confrontar realidades incongruentes em termos de área de avaliação, porte institucional ou modalidade (acadêmica/profissional). Por isso, a busca costuma seguir três filtros básicos:
- Área de avaliação da Capes: escolher somente programas enquadrados no mesmo colegiado garante equivalência de critérios bibliométricos, matriz de indicadores e exigências de internacionalização.
- Conceitos 6 e 7: esses PPGs são reconhecidamente de excelência, apresentam regularidade na produção qualificada e demonstram resultados consistentes ao longo do tempo.
- Contexto institucional comparável: universidades públicas vs. privadas, centros emergentes vs. consolidados, regiões com oferta de financiamento similar — tudo isso influencia na replicabilidade das boas práticas.
Com esse recorte, o gestor terá um conjunto enxuto, mas representativo, de cursos que verdadeiramente servem de bússola para garantir a melhor posição do programa.
Como transformar dados comparativos em estratégias de melhoria contínua para posicionar o PPG entre os melhores do país?
Não basta colecionar números. É preciso ter em mente que a fase mais crítica está em traduzir cada diferença em ação concreta.
Tomemos como exemplo a produção científica qualificada: se os programas de referência apresentam média de oito artigos A1 por docente na quadrienal e o seu curso atinge três, a meta óbvia seria dobrar esse número já no próximo biênio.
Contudo, a execução exige entender por que a lacuna existe: falta de redes de coautoria internacional? Barreiras de idioma? Escassez de financiamento para taxas de publicação?
A lógica é idêntica para tempo médio de titulação, bolsas por discente ou participação em editais internacionais. Nesse sentido, o benchmarking aponta o desvio, enquanto a análise qualitativa indica a causa e o plano de ação define prazos, responsáveis e indicadores de acompanhamento.
Assim, o processo de melhoria torna-se uma rotina orgânica e reiterada, capaz de, gradualmente, posicionar o PPG entre os melhores do país.
Ferramentas para realizar benchmarks eficazes com indicadores estratégicos dos PPGs
Quando se trata de posicionar o PPG entre os melhores do país, a escolha das ferramentas analíticas faz toda a diferença entre uma comparação superficial e um diagnóstico realmente transformador. A seguir, apresentamos as principais soluções que hoje sustentam o benchmarking acadêmico de alto nível.
Relatórios Sucupira em modo avançado
A própria plataforma da Sucupira oferece arquivos detalhados (em formato CSV ou Excel) com dados sobre produção docente, orientações e titulações. Exportar esses relatórios e cruzá-los em planilhas dinâmicas permite construir indicadores personalizados — produtividade média por docente, coeficiente de distribuição da produção, taxa de defesa versus ingresso, entre outros.
Contudo, aproveitar essa extração exige domínio de filtros, normalização de anos-base e eliminação de duplicidades, mas oferece transparência absoluta nos números utilizados pela Capes.
Bibliometria profissional (InCites–WoS, SciVal–Scopus, Dimensions)
Suítes baseadas em bases internacionais indexadas fornecem métricas de citação normalizadas por área, colaboração internacional e impacto societal. Comparar o corpo docente com pares de programas conceito 6 e 7 nessas plataformas revela rapidamente lacunas em visibilidade global, densidade de redes de coautoria e presença em periódicos mais qualificados.
As soluções pagas trazem painéis prontos que podem ser complementados pela versão gratuita do Google Scholar, embora esta exija mais curadoria manual.
Visualização de dados em Power BI ou Tableau
Uma vez limpas, as planilhas podem ser carregadas em ferramentas de Business Intelligence para gerar dashboards interativos. Indicadores como “artigos A1 por quadrienal”, “orientações finalizadas por professor” e “financiamentos conquistados por projeto” tornam-se cartões e gráficos filtráveis por área, ano ou categoria docente.
Esse é um excelente recurso para reuniões de colegiado, pois democratiza o acesso aos números e facilita a definição conjunta de metas.
Mapeadores de redes de pesquisa (VOSviewer, Gephi)
Aplicações gratuitas que processam listas de coautoria e palavras-chave, criando mapas visuais das conexões entre docentes, parceiros externos e temas de investigação. Ao comparar sua rede com a de programas líderes, é possível detectar gargalos de colaboração e planejar missões ou convênios estratégicos.
Plataformas integradas de benchmarking
Existem sistemas dedicados a consolidar todas essas etapas — coleta, padronização, visualização e comparação. Eles integram dados oficiais da Capes a métricas bibliométricas e disponibilizam painéis prontos para o gestor. O próximo tópico mostra em detalhes como uma dessas soluções especializadas, o módulo de pós-graduação do Stela Experta©, simplifica esse processo e acelera a tomada de decisão.
Stela Experta© – Módulo Pós-Graduação: uma ferramenta abrangente para benchmarking de programas de pós-graduação
O Módulo Pós-Graduação da Plataforma Stela Experta© reúne, em um só ambiente, todas as informações necessárias para comparar programas da mesma área de avaliação com agilidade e precisão. Ele integra dados constantemente atualizados das plataformas Lattes e Sucupira – bases oficiais que alimentam os processos de avaliação da Capes – além de outras fontes bibliométricas nacionais e internacionais.
Com os indicadores em mãos, o coordenador visualiza, em tempo real, como a produção científica, a taxa de titulação e a distribuição de orientações do programa se posicionam em relação aos cursos mais bem avaliados. Além disso, ao automatizar a coleta e o cruzamento dos dados, a ferramenta elimina etapas manuais propensas a erro e entrega indicadores limpos, padronizados e prontos para análise.
Assim, a plataforma oferece mais do que números brutos: ela destaca variações históricas, exibe a distância estatística até os melhores desempenhos e permite filtrar resultados por período, docente ou tipo de produção. Essa leitura comparativa, baseada em dados oficiais e sempre atualizados, torna-se um guia seguro para decisões de credenciamento, definição de metas e priorização de investimentos acadêmicos.
Usar o Stela Experta© como ferramenta de benchmarking significa ganhar um atalho metodológico para posicionar o PPG entre os melhores do país. Ao transformar dados dispersos em painéis claros e comparáveis, o sistema facilita a identificação de lacunas, a adoção de boas práticas de programas conceito 6 e 7 e a elaboração de relatórios robustos para pleitos de fomento. Dessa maneira, o processo de melhoria contínua deixa de ser um esforço pontual e passa a integrar a rotina estratégica do programa.
💻 Plataforma Stela Experta©
Soluções para embasar a tomada de decisões estratégicas em ciência, tecnologia e inovação para as IES e ICTIs
Módulo Pesquisa: Solução para apoiar a gestão estratégica nas Instituições de Ensino Superior, integrando diversas fontes de informação nacionais e internacionais em CT&I, possibilitando que o gestor responda de forma ágil e assertiva a questões sobre a produção intelectual, projetos de P&D, perfil e expertises dos docentes, discentes e grupos de pesquisa da instituição, bem com sobre sua infraestrutura laboratorial.
Módulo Pós-Graduação: Solução para avaliar e acompanhar a performance dos PPGs da Instituições de Ensino Superior no decorrer das quadrienais, baseado em critérios utilizados pelas áreas de avaliação da Capes. A partir dos dados da Plataforma Sucupira, possibilita que o gestor realize benchmarkings entre os PPGs da IES e seus programas pares e identifique os docentes que estão acima/abaixo da média em cada indicador monitorado.
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