Confira alguns destaques do Censo da Educação Superior 2023

O Censo da Educação Superior 2023, conduzido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep),  representa um levantamento abrangente e detalhado do panorama do ensino superior no Brasil. 

Ele reúne dados fundamentais sobre instituições, cursos, vagas, matrículas, concluintes e corpo docente, permitindo identificar tendências, desafios e avanços do setor. 

Essa análise é essencial para embasar a formulação de políticas públicas e orientar melhorias na qualidade e na gestão do ensino superior no país, ajustando estratégias para que o ensino superior atenda de forma ainda mais ampla e eficaz.

Em um cenário onde a inclusão e a qualidade do ensino são prioridades, o levantamento oferece um diagnóstico profundo sobre a realidade das instituições de ensino superior (IES) no país. Esses dados não apenas mapeiam o perfil dos estudantes e sua jornada acadêmica, mas também ajudam a identificar necessidades específicas de infraestrutura e formação, permitindo decisões mais embasadas para a evolução do setor.

Os dados fornecidos pelo Censo da Educação Superior são cruciais para que tanto gestores quanto educadores compreendam as demandas dos estudantes e a eficácia dos programas de inclusão social, como as políticas de cotas. 

Além disso, o Censo da Educação Superior funciona como uma base sólida para que as IES aprimorem continuamente seus currículos e métodos de ensino. A análise detalhada das informações permite identificar áreas onde há necessidade de investimentos e melhorias, contribuindo para um ensino mais alinhado com as demandas do mercado de trabalho e com os desafios educacionais do Brasil.

O que é o Censo da Educação Superior?

O Censo da Educação Superior é o instrumento mais completo do Brasil de pesquisa sobre as Instituições de Ensino Superior. Os dados coletados mostram o perfil dos cursos ofertados, de estudantes e professores. O foco do censo é fornecer informações sobre a situação do ensino superior no país, assim como novas tendências e possibilidades que surgem no setor da educação.

Esses dados são fundamentais para subsidiar a formulação, monitoramento e a avaliação de políticas públicas para a educação superior. Além disso, auxilia no cálculo de indicadores de qualidade do Ministério da Educação e Cultura (MEC), como o Conceito Preliminar de Curso (CPC) e o Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC).

Alguns destaques do Censo da Educação Superior 2023

Divulgado em outubro, pelo INEP, o Censo da Educação Superior 2023, apresentou alguns destaques, como:

EAD x Ensino Presencial

O Censo da Educação Superior 2023 revelou que 5,570 Municípios brasileiros têm alunos frequentando a educação superior, seja de forma presencial ou por meio de polos de Educação a Distância (EaD). Destes, 89,7% das matrículas de EaD estão em 1.085 municípios onde também há oferta de cursos presenciais, enquanto 10,3% estão em 2.281 municípios onde essa é a única modalidade de graduação disponível.

No total, a oferta de vagas na modalidade de EaD representou 77,2% (19.181.871), enquanto as presenciais correspondem a  22,8% (5.505.259).

Já o número de estudantes que iniciaram um curso de graduação em 2023 chegou a 4,9 milhões. Destes, 88,6% (4.424.903) na rede privada e 11,4% (569.089), na rede pública. O ingresso na modalidade EaD representou 66,4% (3.314.402) e em cursos presenciais foi de 33,6% (1.679.590).

Em contraste ao panorama geral de quem inicia uma graduação, no qual o EaD supera o presencial, na rede pública, a maior parte dos ingressos ocorreu nas graduações presenciais: 85% (481.578). Os outros 15% (87.511) são alunos de cursos à distância. Esta diferença considerável também pode ser notada, porém ao contrário, na rede privada. Neste caso, 73% (3.226.891) dos ingressos foram na modalidade EaD, enquanto 27% (1.198.012) ingressaram em cursos presenciais.

Cursos tecnológicos dominam EaD

Outro destaque do Censo da Educação Superior 2023 é que, na última década, as IES ofereceram 24.687.130 novas vagas, sendo 5.505.259 presenciais e 19.181.871 na EaD. Na educação a distância, os cursos tecnológicos prevalecem, com 48% da oferta. Ao todo, essas graduações disponibilizaram 10.005.590 vagas, quase todas (93%) no formato EaD.

O censo mostrou ainda que os ingressantes nas vagas na área de TI dobraram nos últimos 10 anos. Em 2013, não havia 1 milhão de alunos matriculados. Hoje, são dois milhões, sendo que 91% deles estão na rede privada, e 82%, na educação a distância.

Classificada pelo MEC como Sistemas de Informação, a área também aparece na lista dos 10 maiores cursos de graduação do Brasil que, somados, representam praticamente a metade das vagas disponibilizadas pelas IES. Na classificação geral, ela ocupa o quinto lugar.

Assim, a posição no sistema EaD é um pouco melhor e Sistemas de Informação é o terceiro curso mais procurado, o que totaliza 237.419 novas matrículas. Em compensação, perdeu alguns postos no formato presencial, caindo para a 10ª colocação, com 141.191 matriculados.

Prouni e Fies fazem a diferença

O Censo apontou a relevância do Programa Universidade para Todos (Prouni) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os dados indicam que 58% dos beneficiários do Prouni concluíram a graduação em 2023, contra 36% dos estudantes não beneficiários. Entre os alunos com Fies, a taxa de conclusão foi 15% superior à dos demais: 49% contra 34%.

Cursos de Licenciatura

As matrículas em cursos de licenciatura totalizaram mais de 1,7 milhão, sendo 67,1% (1.148.576) em instituições privadas e 32,9% (562.407) em instituições públicas. Na rede pública, 80,3% das matrículas foram presenciais, enquanto, na rede privada, 90% ocorreram na modalidade EaD.

Total de Universitários Abaixo da Média Mundial

E, ainda, entre os destaques do Censo da Educação Superior 2023, percebeu-se que o percentual da população com ensino superior no Brasil ainda está abaixo da média dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Mesmo com o aumento na participação de quem está finalizando o curso no Enem e o aumento no número de matrículas no país. 

Na faixa etária, entre 25 e 34 anos, o índice no Brasil é de 22%, sendo que a média da OCDE é de 47,4%. A diferença se repete na faixa etária entre 55 e 65 anos. No Brasil, a média é de 15%, sendo que na OCDE é de 30,3%.

Para se ter uma ideia, o país com o melhor índice entre os mais jovens é a Coreia do Sul, com 70% da população com diploma universitário. Na outra ponta, com 13% está a África do Sul.

Stela Experta©: Uma Ferramenta Completa para Avaliar da Produção Científica 

Conhecendo os destaques do Censo da Educação Superior 2023,  é possível traçar metas para aprimorar a produção científica das IES.

Nesse sentido, a plataforma Stela Experta©, facilita esse processo ao gerar relatórios e indicadores de produção científica de forma rápida e eficiente, permitindo diversas análises a partir de bases de dados acadêmicos e institucionais.

Com o preenchimento das planilhas de forma manual, além de tomar muito tempo dos gestores e ser suscetível a erros, ao final do processo apresentará uma estrutura que muito em breve estará novamente defasada.

Com a Stela Experta©, a IES pode contar com uma ferramenta que gera relatórios e indicadores de produção científica de forma rápida e eficiente, utilizando dados constantemente atualizados, que permite ao gestor realizar em tempo real inúmeras combinações de filtros para gerar os relatórios e indicadores do seu interesse. O sistema utiliza como fonte de informação o CV-Lattes além de outras bases como Qualis Periódicos da Capes, grupos de pesquisa do CNPq, JCR, SJR e Scopus h-index dos periódicos.

A Stela Experta© concentra em um único sistema as informações das fontes citadas e oferece diversos filtros para pesquisa de produção científica, permitindo que os gestores das IES analisem as publicações sob diferentes óticas:

• Por tipo da produção (artigo, livro, capítulo de livro, patentes e registros, participação em bancas, orientações concluídas ou em andamento, textos em jornal ou revista etc.);
• Por um determinado intervalo de anos da publicação;
• Pela área de conhecimento da produção;
• Por temas de interesse digitados livremente pelo gestor;
• Produções dos grupos de pesquisa da IES;
• Pela unidade de lotação e cursos de atuação dos autores;
• Produções por estrato Qualis, segundo cada área de avaliação da Capes;
• Produções por fator de impacto dos periódicos nos quais foram publicadas (i.e. JCR, SJR, Scopus h-index, e em breve o SNIP).

💻‍ Plataforma Stela Experta©

Soluções para embasar a tomada de decisões estratégicas em ciência, tecnologia e inovação para as IES e ICTIs

Módulo Pesquisa: Solução para apoiar a gestão estratégica nas Instituições de Ensino Superior, integrando diversas fontes de informação nacionais e internacionais em CT&I, possibilitando que o gestor responda de forma ágil e assertiva a questões sobre a produção intelectual, projetos de P&D, perfil e expertises dos docentes, discentes e grupos de pesquisa da instituição, bem com sobre sua infraestrutura laboratorial.

Módulo Pós-Graduação: Solução para avaliar e acompanhar a performance dos PPGs da Instituições de Ensino Superior no decorrer das quadrienais, baseado em critérios utilizados pelas áreas de avaliação da Capes. A partir dos dados da Plataforma Sucupira, possibilita que o gestor realize benchmarkings entre os PPGs da IES e seus programas pares e identifique os docentes que estão acima/abaixo da média em cada indicador monitorado.

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